Frases de Millôr Fernandes

Millôr Fernandes, nome artístico de Milton Viola Fernandes, foi um desenhista, humorista, dramaturgo, escritor, poeta, tradutor e jornalista brasileiro. 

Conquistou notoriedade por suas colunas de humor gráfico em publicações como Veja, O Pasquim e Jornal do Brasil.

Na poça da rua
o vira-lata
lambe a lua

Millôr Fernandes

Depressa, meu irmão,
E sai da pista,
Que o Brasil é um trem
Sem maquinista!

Millôr Fernandes 

Um homem é adulto no dia em que começa a gastar mais do que ganha.

Millôr Fernandes

Quando duas pessoas odeiam a mesma pessoa, têm a impressão de que se estimam.

Millôr Fernandes

É indiscutível que aos 20 anos somos todos tremendos idiotas. Como também é indiscutível que, com o passar do tempo, vamos nos transformar em idiotas mais velhos.

Millôr Fernandes

Fala-se muito em não saber amar. O difícil é se deixar amar.

Millôr Fernandes

Amigo é o que quando você vai lá ele já vem vindo.

Millôr Fernandes

Quem não lê é mais analfabeto do que quem não sabe ler.

Millôr Fernandes 

No aniversário, enquanto os convidados comemoram mais um ano, o aniversariante lamenta menos um.

Millôr Fernandes

Acho que se os animais falassem não seria conosco que iam bater papo.

Millôr Fernandes

Não confie em arrependimento. Quem se arrepende, com a mesma facilidade se desarrepende.

Millôr Fernandes 

As coisas nem sempre são tão ruins quanto parecem. Mas quase sempre são.

Millôr Fernandes

Em política, o que te dizem nunca é tão importante quanto o que você ouve sem querer.

Millôr Fernandes

Político é um sujeito que convence todo mundo a fazer uma coisa da qual ele não tem a menor convicção.

Millôr Fernandes

Você pode se achar um trapo, mas não duvide de que alguém a ache uma reencarnação da Ava Gardner. Não se discute com a oftalmologia alheia.

Millôr Fernandes

Me arrancaram tudo à força e depois me chamam de contribuinte.

Millôr Fernandes

Fascínio

No centro, os dois pequenos buracos se abrindo num promontório, embaixo do qual outro buraco, um pouco maior, no sentido horizontal, ao abrir, mostra o brilho ocasional de retângulos de esmalte claro, quase branco. Em cima duas contas brilhantes, cor verde-cinza, capazes de um movimento rápido e inesperado. Riscos em volta, uns mais profundos, outros menos, sinais do código do tempo representando número de anos. Cada risco um determinado número de anos. Olho, fascinado. Todo dia olho, fascinado. Colados à direita e à esquerda do círculo em que se incrustam os buracos e as contas brilhantes acima, dois pedaços mais ou menos semicirculares do mesmo material da estrutura geral servem para captar sons, como conchas de um aparelho acústico. Pontos negros, marcas, cicatrizes de acontecimentos de outra forma esquecidos. Eis minha cara.
Olho-a sempre e muito. Tenho mesmo a impressão de que jamais olhei tanto tempo, tantos anos, todo dia, uma mesma coisa. Gosto dela? Não gosto? Qual a minha opção? Só a de não olhá-la. Mas que outra se ofereceria assim, com tal intimidade, entra ano sai ano? Tenho de olhá-la para sempre e um dia. Ela me representa mais do que qualquer outra coisa, meu reflexo e minha delação, as pessoas me julgam por ela, me acusam por ela, me amam por ela e por ela me detestam. Na minúcia de seus poros, porém, só eu a conheço. E, se não a amo, não posso abandoná-la. O único afastamento que me permito é do próprio espelho, eu caminhando de costas, sem tirar os olhos dela, até que ela desapareça numa curva do quarto e eu possa ter a impressão de que nunca mais vou vê-la. Pura ilusão, porque o fascínio meu por ela é apenas igual ao dela por mim. E, ao me sentar, sozinho, para tomar um uísque no bar vazio e enquanto espero alguém, a primeira coisa que vejo é ela, ali no espelho à minha frente, esperando, melancólica, por um uísque igual ao meu, servido do mesmo jeito, ao mesmo tempo, pelo mesmo garçom.

Veja, 11 novembro 1976

Millôr Fernandes

Saudação aos que vão Ficar

Como será o Brasil
no ano dois mil?
As crianças de hoje,
já velhinhas então,
lembrarão com saudade
deste antigo país,
desta velha cidade?
Que emoção, que saudade,
terá a juventude,
acabada a gravidade?
Respeitarão os papais
cheios de mocidade?
Que diferença haverá
entre o avô e o neto?
Que novas relações e enganos
inventarão entre si
os seres desumanos?
Que lei impedirá,
libertada a molécula
que o homem,
cheio de ardor,
atravesse paredes,
buscando o seu amor?
Que lei de tráfego impedirá um inquilino
- ante o lugar que vence -
de voar para lugar distante
na casa que não lhe pertence?
Haverá mais lágrimas ou mais sorrisos?
Mais loucura ou mais juízo?
E o que será loucura?
E o que será juízo?
A propriedade, será um roubo?
O roubo, o que será?
Poderemos crescer todos bonitos?
E o belo não passará a ser feiura?
Haverá entre os povos uma proibição
de criar pessoas com mais de um metro e oitenta?
Mas a Rússia (vá lá, os Estados Unidos)
não farão às ocultas, homens especiais
que, de repente,
possam duplicar o próprio tamanho?
Quem morará no Brasil,
no ano dois mil?
Que pensará o imbecil
no ano dois mil?
Haverá imbecis?
Militares ou civis?
Que restará a sonhar para o ano três mil
no ano dois mil?

in "Pif-Paf"

Millôr Fernandes

A Viúva

Quando a amiga lhe apresentou o garotinho lindo dizendo que era seu filho mais novo, ela não pôde resistir e exclamou: " Mas como, seu marido não morreu há cinco anos?" "Sim, é verdade" — respondeu então a outra, cheia daquela compreensão, sabedoria e calor que fazem os seres humanos — "mas eu não".

MORAL: Não morre a passarada quando morre um pássaro.

Millôr Fernandes

Fábula O Rei dos Animais

Saiu o leão a fazer sua pesquisa estatística, para verificar se ainda era o Rei das Selvas. Os tempos tinham mudado muito, as condições do progresso alterado a psicologia e os métodos de combate das feras, as relações de respeito entre os animais já não eram as mesmas, de modo que seria bom indagar. Não que restasse ao Leão qualquer dúvida quanto à sua realeza. Mas assegurar-se é uma das constantes do espírito humano, e, por extensão, do espírito animal. Ouvir da boca dos outros a consagração do nosso valor, saber o sabido, quando ele nos é favorável, eis um prazer dos deuses. Assim o Leão encontrou o Macaco e perguntou: "Hei, você aí, macaco - quem é o rei dos animais?" O Macaco, surpreendido pelo rugir indagatório, deu um salto de pavor e, quando respondeu, já estava no mais alto galho da mais alta árvore da floresta: "Claro que é você, Leão, claro que é você!".

Satisfeito, o Leão continuou pela floresta e perguntou ao papagaio: "Currupaco, papagaio. Quem é, segundo seu conceito, o Senhor da Floresta, não é o Leão?" E como aos papagaios não é dado o dom de improvisar, mas apenas o de repetir, lá repetiu o papagaio: "Currupaco... não é o Leão? Não é o Leão? Currupaco, não é o Leão?".

Cheio de si, prosseguiu o Leão pela floresta em busca de novas afirmações de sua personalidade. Encontrou a coruja e perguntou: "Coruja, não sou eu o maioral da mata?" "Sim, és tu", disse a coruja. Mas disse de sábia, não de crente. E lá se foi o Leão, mais firme no passo, mais alto de cabeça. Encontrou o tigre. "Tigre, - disse em voz de estentor - eu sou o rei da floresta. Certo?" O tigre rugiu, hesitou, tentou não responder, mas sentiu o barulho do olhar do Leão fixo em si, e disse, rugindo contrafeito: "Sim". E rugiu ainda mais mal humorado e já arrependido, quando o leão se afastou.

Três quilômetros adiante, numa grande clareira, o Leão encontrou o elefante. Perguntou: "Elefante, quem manda na floresta, quem é Rei, Imperador, Presidente da República, dono e senhor de árvores e de seres, dentro da mata?" O elefante pegou-o pela tromba, deu três voltas com ele pelo ar, atirou-o contra o tronco de uma árvore e desapareceu floresta adentro. O Leão caiu no chão, tonto e ensanguentado, levantou-se lambendo uma das patas, e murmurou: "Que diabo, só porque não sabia a resposta não era preciso ficar tão zangado".

MORAL DA HISTÓRIA

Cada um tira dos acontecimentos a conclusão que bem entende.

A história nos ensina que não importa quão forte ou poderoso a gente é, sempre pode existir alguém mais forte ou poderoso do que a gente. Além disso, não devemos acreditar em tudo o que as pessoas dizem sobre nós, pois algumas vezes elas podem querer nos agradar ou nos enganar.

É importante ser humilde e saber nossas próprias qualidades e limitações. O Leão da história achava que era o rei da floresta e perguntou para os outros animais se ele era mesmo. Todos disseram que sim, mas quando ele perguntou para o elefante, que era muito forte, o elefante ficou bravo e jogou o Leão longe. Então, o Leão descobriu que nem sempre as coisas são como a gente pensa, e que é importante respeitar os outros animais e saber que todos têm seus próprios talentos e habilidades.

Millôr Fernandes

O coração tem imbecilidades que a estupidez desconhece.

Millôr Fernandes

Qualquer idiota consegue ser jovem. (...) É preciso muito talento pra envelhecer.

Millôr Fernandes

O homem é o único animal que ri. E é rindo que ele mostra o animal que é.

Millôr Fernandes

Amor o próximo é folgado, o difícil é se dar com o homem do lado.

Millôr Fernandes

Chapeuzinho Vermelho

Era uma vez (admitindo-se aqui o tempo como uma realidade palpável, estranho, portanto, à fantasia da história) uma menina, linda e um pouco tola, que se chamava Chapeuzinho Vermelho. (Esses nomes que se usam em substituição do nome próprio chamam-se alcunha ou vulgo). Chapeuzinho Vermelho costumava passear no bosque, colhendo Sinantias, monstruosidade botânica que consiste na soldadura anômala de duas flores vizinhas pelos invólucros ou pelos pecíolos, Mucambés ou Muçambas, planta medicinal da família das Caparidáceas, e brincando aqui e ali com uma Jurueba, da família dos Psitacídeos, que vivem em regiões justafluviais, ou seja, à margem dos rios. Chapeuzinho Vermelho andava, pois, na Floresta, quando lhe aparece um lobo, animal selvagem carnívoro do gênero cão e... (Um parêntesis para os nossos pequenos leitores — o lobo era, presumivelmente, uma figura inexistente criada pelo cérebro superexcitado de Chapeuzinho Vermelho. Tendo que andar na floresta sozinha, - natural seria que, volta e meia, sentindo-se indefesa, tivesse alucinações semelhantes.).

Chapeuzinho Vermelho foi detida pelo lobo que lhe disse: (Outro parêntesis; os animais jamais falaram. Fica explicado aqui que isso é um recurso de fantasia do autor e que o Lobo encarna os sentimentos cruéis do Homem. Esse princípio animista é ascentralíssimo e está em todo o folclore universal.) Disse o Lobo: "Onde vais, linda menina?" Respondeu Chapeuzinho Vermelho: "Vou levar estes doces à minha avozinha que está doente. Atravessarei dunas, montes, cabos, istmos e outros acidentes geográficos e deverei chegar lá às treze e trinta e cinco, ou seja, a uma hora e trinta e cinco minutos da tarde".

Ouvindo isso o Lobo saiu correndo, estimulado por desejos reprimidos (Freud: "Psychopathology Of Everiday Life", The Modern Library Inc. N.Y.). Chegando na casa da avozinha ele engoliu-a de uma vez — o que, segundo o conceito materialista de Marx indica uma intenção crítica do autor, estando oculta aí a idéia do capitalismo devorando o proletariado — e ficou esperando, deitado na cama, fantasiado com a roupa da avó.

Passaram-se quinze minutos (diagrama explicando o funcionamento do relógio e seu processo evolutivo através da História). Chapeuzinho Vermelho chegou e não percebeu que o lobo não era sua avó, porque sofria de astigmatismo convergente, que é uma perturbação visual oriunda da curvatura da córnea. Nem percebeu que a voz não era a da avó, porque sofria de Otite, inflamação do ouvido, nem reconheceu nas suas palavras, palavras cheias de má-fé masculina, porque afinal, eis o que ela era mesmo: esquizofrênica, débil mental e paranóica pequenas doenças que dão no cérebro, parte-súpero-anterior do encéfalo. (A tentativa muito comum da mulher ignorar a transformação do Homem é profusamente estudada por Kinsey em "Sexual Behavior in the Human Female". W. B. Saunders Company, Publishers.) Mas, para salvação de Chapeuzinho Vermelho, apareceram os lenhadores, mataram cuidadosamente o Lobo, depois de verificar a localização da avó através da Roentgenfotografia. E Chapeuzinho Vermelho viveu tranqüila 57 anos, que é a média da vida humana segundo Maltus, Thomas Robert, economista inglês nascido em 1766, em Rookew, pequena propriedade de seu pai, que foi grande amigo de Rousseau.

Extraído do livro "Lições de Um Ignorante", José Álvaro Editor - Rio de Janeiro, 1967, pág. 31

Millôr Fernandes

Toda alegria é assim: já vem embrulhada numa tristezinha de papel fino.

Millôr Fernandes

A única diferença entre a loucura e a saúde mental é que a primeira é muito mais comum.

Millôr Fernandes

Ser diplomata é discordar sem ser discordante.

Millôr Fernandes

Erudito é um sujeito que tem mais cultura do que cabe nele.

Millôr Fernandes

As pessoas que falam muito acabam sempre contando coisas que ainda não aconteceram.

Millôr Fernandes

Você está começando a ficar velho quando, depois de passar uma noite fora, tem que passar dois dias dentro.

Millôr Fernandes

Se todos os homens recebessem exatamente o que merecem, ia sobrar muito dinheiro no mundo.

Millôr Fernandes

Ser gênio não é difícil. Difícil é encontrar quem reconheça isso.

Millôr Fernandes

A saudade diminuiu ou fomos nós que envelhecemos?

Millôr Fernandes

Ser pobre não é crime, mas ajuda muito a chegar lá.

Millôr Fernandes

A ocasião em que a inteligência do homem mais cresce, sua bondade alcança limites insuspeitados e seu caráter uma pureza inimaginável é nas primeiras 24 horas depois da sua morte.

Millôr Fernandes

Chama-se celebridade um débil mental que foi à televisão.

Millôr Fernandes

A pobreza não é, necessariamente, vergonhosa. Há muito pobre sem vergonha.

Millôr Fernandes

O mal do mundo é que Deus envelheceu e o Diabo evoluiu.

Millôr Fernandes

Quando um técnico vai tratar com imbecis, deve levar um imbecil como técnico.

Millôr Fernandes

Passado: É o futuro, usado.

Millôr Fernandes

O preço da fidelidade é a eterna vigilância.

Millôr Fernandes

É muito fácil viver com pouco desde que a pessoa não gaste muito para ocultar que tem pouco.

Millôr Fernandes

Toda uma biblioteca de Direito apenas para melhorar quase nada os dez mandamentos.

Millôr Fernandes

Paz na terra aos homens de boa vontade. Isto é, paz para muito poucos.

Millôr Fernandes

Todo o casamento sem amor resulta em amor sem casamento.

Millôr Fernandes

Com muita sabedoria, estudando muito, pensando muito, procurando compreender tudo e todos, um homem consegue, depois de mais ou menos quarenta anos de vida, aprender a ficar calado.

Millôr Fernandes

Esta é a verdade: a vida começa quando a gente compreende que ela não dura muito.

Millôr Fernandes

Aniversário é uma festa
Pra te lembrar
Do que resta.

Millôr Fernandes

Este mundo só é chato em duas ocasiões: na guerra e na paz.

Millôr Fernandes

O dinheiro não só fala, como faz muita gente calar a boca.

Millôr Fernandes

Não ter vaidades é a maior de todas.

Millôr Fernandes

O homem é um animal que adora tanto as novidades que se o rádio fosse inventado depois da televisão haveria uma correria a esse maravilhoso aparelho completamente sem imagem.

Millôr Fernandes

Quando, afinal, nos acostumamos com uma moda é porque ela já está completamente em decadência.

Millôr Fernandes

Um homem é realmente velho quando só pensa nisso.

Millôr Fernandes

Certas coisas só são amargas se a gente as engole.

Millôr Fernandes

O pior não é morrer. É não poder espantar as moscas.

Millôr Fernandes

O dinheiro não é só facilmente dobrável como dobra facilmente qualquer um.

Millôr Fernandes

Em geral, quando a gente encontra um espírito aberto, entra e verifica que está é vazio.

Millôr Fernandes

Capacidade de saber cada vez mais sobre cada vez menos, até saber tudo sobre nada.

Millôr Fernandes

Criança é esse ser infeliz que os pais põem para dormir quando ainda está cheio de animação e arrancam da cama quando ainda está estremunhado de sono.

Millôr Fernandes

Depois de bem ajustado o preço, a gente deve sempre trabalhar por amor à arte.

Millôr Fernandes

Pegamos o telefone que o menino fez com duas caixas de papelão e pedimos uma ligação com a infância.

Millôr Fernandes

Pais e filhos não foram feitos para ser amigos. Foram feitos para ser pais e filhos.

Millôr Fernandes

Goze.
Quem sabe essa
é a última dose?

Millôr Fernandes

Quando todo mundo quer saber é porque ninguém tem nada com isso.

Millôr Fernandes

Toda regra tem exceção. E se toda regra tem exceção, então,
esta regra também tem exceção e deve haver, perdida por aí,
uma regra absolutamente sem exceção.

Millôr Fernandes

Nunca esqueça:
A vida também perde a cabeça

Millôr Fernandes

Nos dias quotidianos
É que se passam
Os anos

Millôr Fernandes

Olha,
Entre um pingo e outro
A chuva não molha.

Millôr Fernandes

Esnobar
É exigir café fervendo
E deixar esfriar.

Millôr Fernandes

há colcha mais dura
que a lousa
da sepultura?

Millôr Fernandes

Vocês não sabem como é divertido o absoluto ceticismo. Pode-se brincar com a hipocrisia alheia como quem brinca com a roleta russa com a certeza de que a arma está descarregada.

Millôr Fernandes

Viver é desenhar sem borracha.

Millôr Fernandes

Roube ainda hoje! Amanhã pode ser ilegal.

Millôr Fernandes

Quem mata o tempo não é um assassino. É um suicida.

Millôr Fernandes

Quando um chato diz: "Eu vou embora", que presença de espírito.

Millôr Fernandes

Ontem hoje / E amanhã / O homem o cabelo parte / Parte o cabelo com arte / Até que o cabelo parte.

Millôr Fernandes

O poder é o camaleão ao contrário: todos tomam a sua cor.

Millôr Fernandes

O pior casamento é o que dá certo.

Millôr Fernandes

O melhor movimento feminino ainda é o dos quadris.

Millôr Fernandes

O cara só é sinceramente ateu quando está muito bem de saúde.

Millôr Fernandes

Jamais diga uma mentira que não possa provar.

Millôr Fernandes

De todas as taras sexuais, não existe nenhuma mais estranha do que a abstinência.

Millôr Fernandes

Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem.

Millôr Fernandes 

Chato: indivíduo que tem mais interesse em nós do que nós temos nele.

Millôr Fernandes

As pessoas que falam muito, mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades.

Millôr Fernandes

Anatomia é uma coisa que os homens também têm, mas que, nas mulheres, fica muito melhor.

Millôr Fernandes

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